Resumo de texto

BULBOVAS, Patrícia. Osteogenesis imperfecta não é obstáculo para inclusão. Revista Ciranda da inclusão, São Paulo: Ciranda Cultural, 2012. n.26, p.08-11.

Estima-se que no Brasil existam 12 mil pessoas com Osteogenesis imperfecta. Vinícius Alves Marin Pedroso, de 07 anos, faz parte dessa estatística. Sua mãe, Rosângela Alves Marin, de 49 anos, também. Eles nasceram com um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo, causado por um defeito qualitativo ou quantitativo do colágeno tipo I, proteína que da resistência aos ossos, mas que também esta presente nos dentes , ligamentos peles e escleras.

Popularmente conhecida como “ossos de vidro”, a doença caracteriza-se, principalmente, pela fragilidade dos ossos de quem a tem. Um simples esbarrão ou o movimento de se levantar feito de forma mais brusca pode causar uma fratura.

Vinícius é aluno do 1º ano, da Escola Municipal de Ensino Fundamental General Antonio Sampaio, unidade regular da rede pública de ensino de Osasco – São Paulo. Desde que foi matriculado, recebe atenção especial dos funcionários.

A escola é um polo de inclusão na cidade. Para atender seus 12 alunos com deficiência (3 com deficiência física e 9 com deficiência intelectual), o prédio passou por uma reforma em 2007, quando ganhou rampas de acesso, adequação dos banheiros e portas alargadas, além da “SAEE” (Sala de Apoio Educacional Especializado), que atende inclusive alunos de outras unidades.

Vinícius não frequenta a SAEE, pois não apresenta deficiência intelectual. Também tem autonomia dos movimentos e, para sua facilitar sua locomoção, usa botas ortopédicas. Faz fisioterapia e toma vitaminas que ajudam no fortalecimento dos ossos e músculos. Na escola frequenta todas as aulas propostas para a sua serie, inclusive as de educação física, tendo alguns exercícios adaptados. Em casa, tapetes e degraus foram retirados. Assim, ele brinca, estuda e se relaciona como qualquer outra criança da sua idade. Isso acontece porque família e escola entendem, unidas, entendem de fato o conceito de inclusão social.

A Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) onde Vinícius estuda ajusta o cotidiano escolar com a necessidade de cada aluno.