Resumo
de texto
BULBOVAS, Patrícia. Síndrome de Down. Revista Ciranda da
inclusão, São Paulo: Ciranda Cultural, 2012. n.25, p.08-11.
Neste artigo é
apresentada a história de Giovanna Cupello, de 10 anos de idade, que durante a
divisão celular, quando ainda era um embrião, teve um cromossomo extra ligado
ao seu par celular 21. Assim, nas células de Giovanna, em vez de 46
cromossomos, existem 47, e por isso ela tem Síndrome de Down.
A Síndrome teve suas
características descritas em 1866 pelo médico inglês John Langdon Down, más
somente em 1959 Jerome Lejeune descobriu que sua causa era genética. Seu
diagnóstico em geral é dado pelo obstetra, nos casos detectado no período
pré-natal, ou pelo pediatra, logo no período neonatal, confirmado pelo exame do
cariótipo (análise citogenética).
No caso de Giovanna, o
diagnóstico veio após o nascimento, erroneamente, sentenciando-a a uma vida
cheia de restrições. Única filha do casal Cláudia Coutinho e Alexandre Cupello,
Giovanna, segundo os médicos, não abriria uma gaveta sozinha, demoraria mais
que outras crianças para realizar atividades corriqueiras como andar, por
exemplo, e não conseguiria correr sem se cansar rapidamente. A mãe conta que
levou um choque quando soube da notícia, pois condenaram a vida da filha dela,
falando das dificuldades pelas quais ela e os familiares passariam.
Más ao contrário do que
previram os médicos, Giovanna tem uma vida repleta de atividades, como a vida
de quem tem Síndrome de Down realmente deve ser. Ela brinca, estuda, pratica
natação e balé e leva seus puxões de orelhas, porque é peralta como qualquer
outra criança da sua idade. Portanto, o ambiente em que a pessoa com Síndrome
de Down vive pode fazer toda a diferença no seu desenvolvimento.
Sem deixar de lado os
cuidados que todas as pessoas que tem a Síndrome deve ter, Giovanna frequenta
sessões de fonoaudiologia, psicopedagogia e, faz acompanhamento com uma
psicóloga e uma cardiologista. Toma medicamento halopata e frequenta a
associação fluminense de reabilitação, onde participa de atividades
direcionadas, propostas por uma equipe interdisciplinar.
Giovanna estuda em
escola regular desde os dois anos de idade e demonstra avanços constantes no
desenvolvimento motor e cognitivo, evoluindo a cada dia. Segundo a coordenadora
pedagógica Silvia Regina de Souza Antunes, ela apresenta boa consciência
corporal, direcional, temporal e espacial.
Aprimorou os movimentos
bilaterais, como pular corda, percorrer percursos e pular obstáculos,
progredindo no desenvolvimento do controle motor refinado, na coordenação
multimembros, na precisão, no tempo de reação, na destreza manual e, na mira,
entre outros. Em sua evolução, destaca-se a realização de movimentos
consecutivos das mãos e dos pés em atividades de alinhavar, escrever e pintar,
vencendo os desafios propostos nas tarefas praticadas na escola.
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