quinta-feira, 23 de maio de 2013

Resumo de Artigo


Resumo de texto

DOREA, Guga. Uma vivência inclusiva. Revista Ciranda da inclusão, São Paulo: Ciranda Cultural, 2011. n.21, p.08-11.

Com três anos de idade, Caio Augusto do Nascimento Bachetta, de Sorocaba, cidade do interior de São Paulo, contraiu rubéola e pouco tempo depois passou a não falar mais. “Fizemos exames e foi detectada a deficiência auditiva”, conta a mãe de Caio, Adriana do Nascimento Bachietta, que desde então, iniciou uma verdadeira epopeia para incluir o filho no sistema regular de ensino.
Caio estudou em uma escola estadual que não tinha intérprete de Libras. “Lá houve muita reclamação de que ele batia nos outros alunos e ficava nervoso. Quando ele tinha 8 anos, conseguimos uma escola em que havia uma professora com deficiência auditiva. A partir daí, ele teve uma grande melhora de comportamento, mas ainda ficava na sala sem intérprete e fazia reforço com essa professora”, conta Adriana.
Apenas no primeiro semestre de 2011, Caio foi matriculado na Escola Estadual Professor Genésio Machado, que tem intérprete de Libras na sala de recursos e interlocutoras nas salas regulares. Ele começou a frequentar a Instituição Integra de Sorocaba, entidade que promove apoio à inclusão. “Foi muito importante para toda a família. Antes, a comunicação era muito difícil era bastante difícil. Ficávamos sem paciência e ele muito nervoso. Mas tudo mudou. Caio aprendeu Libras, nós também estamos aprendendo, e hoje ele já é bastante independente”, completa Adriana. “Foi muito difícil no começo, principalmente pela falta de comunicação. Hoje tenho muitos amigos e estou ensinando Libras para eles. Eu me sinto bem”, arremata Caio.
Segundo o pedagogo Alexandre Henrique Elias dos Santos, coordenador de cursos de Libras da Integra, “Caio entrou na entidade sem conhecer bem Libras e nem a Língua portuguesa. Depois de aproximadamente oito meses, ele já estava alfabetizado em Libras, mesmo sendo uma Língua de aprendizado contínuo. Atualmente ele está sendo alfabetizado na Língua portuguesa, por meio de atividades adaptadas. A Libras o fez desenvolver sua autonomia, e com o apoio da família fica tudo mais fácil”, enfatiza o profissional. Para a vice-diretora da escola Genésio Machado, Eliane Aparecida Rodrigues Arruda, “a inclusão estabelece uma troca de experiências muito positiva entre os alunos que estão chegando e os que já estavam. Muitos deles estão aprendendo Libras porque querem se comunicar”.
Nós acreditamos que as pessoas, de um modo geral, tenham de conhecer Libras”, acrescenta a também pedagoga e coordenadora pedagógica da Integra, Alessandra Melo de Carvalho.
Segundo ela, o número de pessoas interessadas em aprender Libras tem aumentado bastante nos últimos tempos. “Professores, Farmacêuticos, Psicólogos e Advogados, entre outras categorias profissionais, estão procurando aprender. E isso é positivo, pois, sem comunicação não há integração.
Segundo a professora e intérprete da sala de recursos da Escola Genésio Machado, Silvana Rodrigues Chibani, Caio ainda tem alguma dificuldade para elaborar textos utilizando a Língua Portuguesa. “Mas isso é típico da deficiência auditiva. A Libras é o alicerce necessário para que eles cheguem à Língua Portuguesa e o Caio, além de um ótimo vocabulário em Libras, já está dando os seus primeiros passos rumo à oralização”, conclui Silvana.







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